terça-feira, 17 de abril de 2012

vida

cresci correndo na chuva..
água fresca na face
liberdade na alma

foi o tempo, cessou a chuva
o rosto secou
resta pouco da liberdade
preservo a alma


terça-feira, 26 de julho de 2011

Que tipo de amigo você é? Descubra aqui!

1-Casas Bahia:Dedicação total a você!
2-Close Up: Fale de perto...
3-Brahma:O numero um!
4:Red Bull:Te dá asas...
5-Ponto Frio:O bonzão
6-Engov :Te ajuda depois da bebedeira.
7-C&A-Use  e abuse.
8-Havaianas:Todo mundo usa
9-Itau:Sempre com você.
10-Bombril:Mil e uma utilidades
11-Nike:Just do it!

                          Lembre-se:O mais importante é ser amigo!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A morte de meu gato

Era sabádo,acordei.Chovia fininho deixando  o ar frio.Abri a porta e contemplei o tempo.Olhei para todos os lados e em um deles la estava ele.
 Estranhei,deitado na chuva.afinal gatos não gostam de água.Rejetei a hipótese , chamei por seu nome. Nada não moveu uma unica parte de seu corpo, continuava da mesma forma imóvel... Senti meu coração bater mais forte, não podia acreditar. Tornei a chamar... Nada, o coração acelerou mais, minhas ideias se enrolharam, tornei a chamar e chamei, chamei, chamei...
Meus olhos encheram-se de lágrimas, não aceitava, mas não podia deixar presenciar o que meus olhos descrentes me revelavam.
Ainda incrédula e na esperança aproximei, talvez quem sabe chegando mais perto...
Chorei! duro inerte apenas um punhado de pelos que em breve causaria mal estar.
Nesta hora deixei meus vinte anos e apenas com os sete restante chorei, solucei, meu gatinho nunca mais!
Passei a lembrar de nossa inocente e pura amizade e das difamações que sofrem os pobres bichanos, o pobre coitado, do seu jeito chamoso e mimoso de fazer carinho. Ficou a saudade de meu gatinho James Bond Gato.O Bond Gato.

Crônica:Lembranças

Havia dias em que eu corria pelas ruas,e o vento batia no meu rosto,fresco e perfumado,e eu respirava fundo e sonhava.
Pelas manhãs eu acordava sempre com um sorriso nos lábios,acreditava na vida,e meu coração era grande.Nele viviam grandes sonhos.
O mundo era algo misterioso que eu planejava descobrir,e confiava,seria bom,eu era criança.
Hoje a minha vida descreve em mim e as vezes brinca com meus sentimentos.E as vezes me perco sem sonhos,registrando lucros e desvantagens.Não sonho;arquiteto,não corro pelas ruas;corro no dia a dia,até para não perder o horário.
 Pelas manhãs acordo sempre com pressa para o trabalho,quando não atrasada.
 O mundo,esta grande bola,pode explodir a qualquer momento,e eu desejo esquecer tudo isso.
 Hoje sou registrada,quitada,cidadã com muitos deveres e alguns direitos e além de tudo ainda quer sonhar e acreditar que é preciso amar para ser feliz.

Poesia: Aconteceu

...Aconteceu
Eu não queria falar,
falei...
Eu não queria deixar,
deixei...
Eu não queria ferir,
feri...
Eu não queria doer,
doeu...

Meditação por Eliane Lima

 Ao acordar respire fundo;lembre-se que é um exercicio vital para o ser humano,agradeça,afinal você acordou e apesar da violência,nas ruas,as guerras do mundo,as viroses diárias,a ameaça da super bactéria,você está vivo,viva!Agradeça a chuva,o sol,a VIDA!
 Caso você tenha que trabalhar,ótimo;caso contrário,acredite você encontra-se entre muitos,não está só,a culpa não é sua,falta politicas publicas.Não acredite no mito do fracassado,criado pelo liberalismo:"Gente nasceu para brilhar,"como disse bem Caetano Veloso:afinal recomeçar é importante,novos projetos,desafios,possibilidade de crescimento pessoal,inigualável.
 Olhe para os lados,quantas pessoas você pode chamar de amigo realmente,poucos;muitoa;não interessa.O outro é sua chance de complementar-se,encontrar-se,desenvolver-se.E como escreveu Mário Quintana:"Somos anjos de uma asa só,temos que nos abraçar para voar".
 A familia,esta é tudo,seu ponto de referencia,ponto seguro,identidade,aconchego,ou pelo menos deveria ser.Ela que dá o significado de sua existência e deve adoçar sua vida,abraçe seus filhos e seus pais,esposa(o)!Sempre como se fosse a ultima vez!Costumamos negligenciar as pessoas que mais amamos,por isso AME-OS!Acima DE TUDO!Tenha fé,acredite na juventude,caminhe junto com os jovens,tente compreende-los.Esse é um exercicio fantástico.Eles são a promessa de uma sociedade melhor e mais humana,escute-os,oriente-os e se oriente,são eles que farão o futuro e podem fazer a diferença.
Reconheça sua fragilidade e sua força,entenda que algumas coisas não somos capazes de mudar.São estruturas grandes;mas podemos começar as mudanças,outras basta acreditar.O mais importante é fazer a nossa parte;separe seu lixo,reaproveite sempre;reduza tudo o que puder;diminua os gastos;alimente-se com equilibrio;(esqueça as dietas-eduque-se);leia mais;beba muita água,economize água;sempre que puder viaje,conheça lugares e pessoas;use filtro solar;busque sempre a liberdade;ria sem timidez e medo de ser feliz;seja feliz;faça os check-ups necessarios mas não leve-os muito a sério,todos morreremos um dia;lembre-se,você nao precisa de metade das coisas que você compra,você não pertence a esse mundo e por isso precisa deixá-lo melhor.Lute por uma causa nobre,pode ser o meio ambiente,a justiça para todos,erradicação da  fome,educação de todos,a paz mundial,a divulgação dos direitos humanos.Você terá assim menos tempo para as coisas pequenas e sem valor.Cresça socialmente e contribua com algo positivo para a sociedade.
 Tenha fé e ame,porque quem ama cuida e quem cuida vive para a eternidade nos olhos do outro.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sobre a essência da verdade Martin Heidegger



Se prestarmos atenção ao que se passa em nós mesmos sempre que transgredimos qualquer dever, descobriremos que, na realidade, não queremos que a nossa máxima se torne lei universal, porque isso nos é impossível; ao contrário dela é que deve universalmente continuar a ser lei; nós tomamos apenas a liberdade de abrir nela uma exceção para nós.”
Kant, Immanuel/Op.cit,p.63


O que é a verdade? Poderíamos dizer que esta é uma das grandes questões filosóficas. Afinal a filosofia deve quebrar o óbvio sem querer discutir com o senso comum, sem apontar aquilo que tem valor em si mesmo, ciente que não existe como refutar o bom senso do imediatismo útil.
                        Como entender ordinariamente por verdade? Assim é o caminho percorrido por Heidegger em seu livro a Essência da Verdade. O verdadeiro é o real, logo o que não é falso. O real difere do falso. A realidade consiste na concordância com aquilo que previamente entendemos pela coisa.
            Ser verdadeiro aqui significa estar de acordo, mas também é antes de tudo o que chamamos de verdadeiro ou falso através de anunciações sobre o ente. Ser verdadeiro significa aqui está de acordo e, existir de duas maneiras: de um lado, a concordância entre a coisa e o que dela previamente se presume e, do outro lado, a conformidade entre o que é significado pela enunciação e a coisa
            Este duplo caráter traz à luz a definição tradicional da essência da verdade: A verdade é a adequação da coisa com o conhecimento, ou ainda a verdade é a adequação do conhecimento com a coisa. Ambas as concepções pensam a verdade como conformidade e podem nos levar a pensar no relativismo, onde a verdade depende da concepção de cada individuo. No entanto falamos de concepções comunitárias, ou seja, o que passa a existir em um contexto comunitário.
            Este duplo caráter nos remete a concepção medieval da teologia Veritas est adaequatio rei intellectus, decorrente da fé cristã onde as coisas em sua essência e existência correspondem a ideia previamente concebida pelo intessectum divinus, isto é, pelo espírito de Deus. A harmonia determinada pela ordem divina. A verdade é revelada por Deus aos homens.
            O autor discorre sobre os vários sentidos da concordância e chega à concordância da enunciação. Como pode o enunciado, que mesmo com sua essência fundamentalmente diferente e mantendo essa diferença adéqua-se a coisa?
            “A essência da adequação se determina antes pela natureza da relação que reina entre a enunciação e a coisa.” (pag. 333)
            A essência da adequação, de acordo com Heidegger, é justamente a relação existente entre enunciado e coisa. A relação é que, antes de tudo, instaura a possibilidade da enunciação da coisa naquilo que ele é. Toda possibilidade da relação se dar no interior de um espaço aberto. Jamais uma apresentação cria abertura a partir da qual ela se dá. Assim podemos compreender que a enunciação da coisa é a realização desta mesma relação que se instaura no espaço aberto como desencadeador de um comportamento.
                        Heidegger mostra que a essência da verdade como fundamento da condição de possibilidade da verdade como adequação é a liberdade, isto é, o estar aberto, desimpedido, livre, para o que se manifesta. Esta abertura não cria o espaço aberto, mas apenas deixa mostrar-se aquilo que se apresenta neste espaço.
            Liberdade significa, portanto deixar o ente que se manifeste ser o que ele é. Deixar o ente ser equivale então a expor-se no espaço aberto ao des-velamento.
            Esse deixar-ser é a própria liberdade. É ela que aparece aqui como essência da verdade. É no âmbito do comportamento livre do homem que a verdade se mostra como o que é e, justamente por isso, o que é o homem sempre estará em questão quando a questão da verdade estiver em pauta.
            A liberdade aqui não é um ato arbitrário do homem. Não é sua propriedade. O homem não pode escolher entre abrir-se ou não ao ente. Ele já está nessa abertura. Em sua essência o ser-aí é liberdade. Ela encontra-se na freqüentação, convivência no movimento constitutivo da vida humana. O outro é minha possibilidade de liberdade, na interação social, nas tantas realidades da vida em que me descubro e crio vínculos. Como bem falou o Poeta: somos anjos de uma asa só, para voar precisamos nos abraçar (Mario Quintana).
            Uma vez que a liberdade como deixar-se é a essência da verdade, o ser humano no seu acontecer pode também não deixar o ente ser o que ele é. Daí nasce a não verdade, que pertence à essência da verdade. O deixar-ser, desvelando um ente particular, oculta o ente como todo. Este ocultamento é o mistério, ou seja, o que não conheço, mas que considero e admito, não posso controlar e apesar de não aparente mantém-se vinculado sempre da melhor maneira possível, está presente e não pode ser esgotado.
            O que está oculto é antes de tudo o próprio ocultamento. O esquecimento do mistério é o errar, do qual o erro como falsidade de um juízo é apenas uma das formas mais superficiais. Ao contrario, confrontar-se com o mistério significa pôr originalmente a questão da essência da verdade, o que permite dar-se conta de que a essência da verdade é a verdade da essência, isto é, a verdade do ser na sua diferença para com o ente.
            Como todos podem errar, o homem passa esse processo do erro por diversas vezes na sua vida sem dizer, que na maioria das vezes o homem cai em contradição se afastando da verdade e se aproximando da não verdade. Ele só pode errar pelo velamento, o esquecimento. Na busca desenfreada por resultados e números, esquece-se do verdadeiro sentido das coisas, deixando-se levar pelo voluntarismo, nega a autonomia e a possibilidade de liberar-se para uma medida que vincule.
            O homem em seu exercício de viver se descobre e encobre, nas tantas coisas que não pode ou não quer explicar: o mistério. A realidade concreta acaba mostrando-se maior que o percebido, vamos sendo tragados pela vida cotidiana e nos afazeres onde nem tudo me compete saber, o conhecimento não pode ser esgotado pelo homem. 
            “Minha dor é inútil, como uma gaiola em um país sem pássaros” Esta frase é de Fernando pessoa e nos remete ao sofrimento a angustia de nossa existência. Inútil: haveria alguma útil? Aos olhos de muitos é crescimento, a possibilidade de amadurecimento e de sensibilização, tornando o ser mais humano. Qual é verdade afinal? A dor é inerente ao ser humano?
            Ler Heidegger será sempre um grande exercício filosófico, pois o seu entendimento não nós é dado se não por um intenso movimento de envolver-se, discutir e encarar, cada frase, cada palavra como um verdadeiro e exaustivo desafio que não esgota-se e possibilita os mais variados trabalhos.
             Afinal a verdade não nasce no enunciado, mas nas práticas cotidianas, nas relações que travamos e nos vários grupos sociais que fazemos parte, já é como tal resposta a presença de alguma coisa que, em primeira instância já se revelou para o uso na lida. Quando nos permitimos ser, entramos no aberto e só então exerço minha liberdade esta que só é possível em um espaço comunitário. Estando no mundo ou deixo-me leva pelo senso comum do imediatismo útil, ou me lanço na experiência do espaço público e posso viver o pertencimento.
        
        
O objetivo de Heidegger parece o de não querer estabelecer uma nova crença sobre o que é a verdade, mas sim pretende formular para todos que porventura se identificarem com